Conta-me tu, de que te escondes?
Que segredos e folguedos te enredam,
Que cadilhos e pecadilhos te enovelam,
De que te escondes, conta-me tu?
De todos os bichos e lixos que te rodeiam,
Do fulgor e do rubor que te encadeiam,
Conta-me tu, de que te escondes?
De que tanto te guardas e te resguardas,
Nesse rol das tuas muitas e muitas meadas,
De que te escondes, conta-me tu?
Sejas da toca, do mato ou da horta,
Sejas dobado ou derrubado, não importa,
Conta-me tu, de que te escondes?
Faz de conta que és um bicho torpe, somente,
Que conta que sejas conta aparente.
De que te escondes, conta-me tu?
Que simulas e dissimulas o teu ser,
Tanto bicho, como conta, o queres esconder.
Conta-me como ganhar a tua amizade,
E não fazer de conta não ter saudade,
De brincar ao faz de conta como tu.
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